De acordo com um novo estudo, os gatos amam as pessoas que os odeiam, porque a relutância delas em acariciá-los dá ao felino o controle e a independência de que ele precisa.
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Por outro lado, os autoproclamados “amantes de gatos”, que afirmaram conhecer e conviver com eles há vários anos, são mais propensos a tocar no animal sem seu consentimento e encostar em áreas de que eles não gostam.
Os gatos, ao contrário dos cães, muitas vezes podem parecer distantes e, às vezes, até rudes. Mas a pesquisa, realizada pelos cientistas da Nottingham Trent University e da University of Nottingham descobriu que a culpa pode recair sobre a pessoa e não sobre o animal.
Embora a maioria dos cães aceite carinho de qualquer pessoa, os gatos são mais difíceis de agradar e têm mais algumas regras e estipulações antes de se afeiçoarem a uma pessoa. Por exemplo, os gatos têm áreas onde odeiam ser tocados, que incluem a base da cauda e o estômago.
No entanto, eles também têm áreas que adoram ser tocados, como as regiões “ricas em glândulas” na base das orelhas e sob o queixo.
O estudo, publicado na revista Scientific Reports, descobriu que os “amantes de cães” são mais propensos a tocar nas áreas vermelhas, fazendo com que o animal se sinta desconfortável e aumentando a animosidade.
A equipe também descobriu que as pessoas mais velhas tentaram agarrar e conter os gatos mais do que os mais jovens, enquanto os extrovertidos tendiam a iniciar o contato com o gato, algo que os animais de estimação tendem a não gostar, pois gostam de estar no controle de quando e como a interação vai começar.
“Nossas descobertas sugerem que certas características que podemos supor que fariam alguém bom em interagir com gatos – o quão experiente eles dizem que são, suas experiências de posse de gatos e ser mais velho – nem sempre devem ser considerados como indicadores confiáveis da adequação de uma pessoa para adotar certos gatos”, disse a pesquisadora Lauren Finka, especialista em comportamento felino da Nottingham Trent University, ao The Telegraph.
A especialista ainda disse que os abrigos devem evitar discriminar potenciais adotantes sem experiência anterior da posse de gatos, porque “eles podem ser guardiões de gatos fantásticos”.